De 27 de agosto a 30 de novembro de 2025 — Belém (PA)

Sobre a 2ª edição da Bienal das amazônias

A Bienal que atravessa o tempo e o território para imaginar futuros amazônicos. “Verde-distância” é o ponto de partida para uma exposição viva, afetiva e plural — conectando Pan-Amazônia e Caribe em escuta, deslocamento e sonho.

Projeto curatorial

A 2ª Bienal das Amazônias acontece de 27 de agosto a 30 de novembro de 2025, em Belém (PA). A seleção dos 74 artistas e coletivos da Pan-Amazônia e do Caribe foi realizada pela curadora-chefe Manuela Moscoso, em colaboração com Sara Garzón, curadora adjunta desta edição, e Jean da Silva, cocurador do programa público. As obras dialogam com o conceito “Verde-distância”, inspirado no romance Verde Vagomundo, do escritor paraense Benedicto Monteiro.
A edição inaugural, em 2023, abordou o imaginário das águas, com o tema “Bubuia: águas como fonte de imaginação e desejo”. Já a 2ª Bienal das Amazônias reafirma seu papel como espaço de encontros e escutas entre os territórios amazônicos e agora em conexão com o Caribe. Desta vez, a proposta curatorial evoca os sonhos e deslocamentos do "vagomundo" de Benedicto Monteiro, revelando a Amazônia como fluxo contínuo de vozes, ritmos, afetos e resistências.

Publicado em 1972, Verde Vagomundo reconstrói a história de um povo moldado pelo verde e pelo isolamento, pelas distâncias, paixões e ausências. A cidade de Alenquer, no oeste do Pará — cenário do romance — é atravessada por águas, fé e ciclos naturais que determinam o tempo e a vida de seus habitantes.

A curadoria da 2ª Bienal das Amazônias parte dessa escuta do território para celebrar a diversidade cultural da Pan-Amazônia e aprofundar o compromisso com a descentralização das práticas artísticas. “Viajar pelos territórios pan-amazônicos significa mergulhar em contextos profundamente distintos e, ao mesmo tempo, conectados por fluxos de água, memórias e saberes”, afirma Manuela Moscoso, que percorreu diversos rios e margens da região na busca por obras e narrativas que compõem a exposição.

Segundo a curadora, o contato direto com os artistas e seus contextos de produção é essencial, pois a criação não acontece “no vácuo”, mas responde às condições materiais, sociais, políticas e ecológicas do lugar. “Cada experiência foi intensa. Pude conhecer processos experimentais sobre formas de habitar o mundo, a manutenção da memória e práticas transdisciplinares no cinema, além de investigações que abordam a exploração territorial e as cosmologias indígenas. Mais do que simplesmente ver as obras, o fundamental foi ativar conversas, escutar os artistas e compreender como suas pesquisas dialogam com as urgências do nosso tempo”, assinalou a curadora.

Equipe 2ª edição

Retrato de Manuela Moscoso, curadora da 2ª Bienal das Amazônias

Manuela Moscoso

Curadora-chefe

"A 2ª Bienal se orienta por atmosferas, forças relacionais e condições de escuta. Ela é fruto de um processo curatorial construído por meio de visitas, escutas e pesquisas em territórios brasileiros como Marajó, Amapá, Acre e Boa Vista, e pan-americanos como Guiana, Suriname, Peru, Equador, Colômbia, entre outros territórios. Buscamos criar uma exposição que amplifique o trabalho dos artistas e que atue como experiência sensível e intelectual para quem a atravessa”.

Sara Garzón

Curadora adjunta

"É uma emoção profunda poder abrir a 2ª Bienal das Amazônias com 74 artistas de tantos diferentes lugares que nos ajudam a reimaginar um território que foi dividido historicamente por fronteiras nacionais, quando são as semelhanças que realmente nos unem como uma grande humanidade. Buscamos uma curadoria que se constrói como narrativa viva, feita de encontros entre práticas distintas, vozes múltiplas e presenças potentes da região pan-amazônica".

Retrato de Jean da Silva, co-curador do programa público da 2ª Bienal das Amazônias

Jean da Silva

Co-curador do programa público

"O programa público da 2ª Bienal das Amazônias é um convite ao encontro de diversas comunidades, a estarem nesse espaço, dialogando e conhecendo os artistas, as obras, os pensadores, os poetas, performers, ... E a comunidade também pode colocar novos elementos, pois é um lugar de diálogo, de não fazer distinção entre quem está acima e quem está abaixo ou entre artistas e visitantes. Inspirado na obra Sementes Germinantes, de Roberto Evangelista, o programa público se divide em três atos: Sonho, Memória e Sotaque, que se desdobram ao longo dos meses da mostra".

Retrato de Sara Garzón, curadora adjunta da 2ª Bienal das Amazônias

Mônica Amieva

Curadora pedagógica

"O papel do educativo é ativar processos educativos e convocar públicos diversos para a 2ª Bienal das Amazônias. Pensamos nos processos educativos do ponto de vista da pedagogia da contingência, que abarca as urgências do presente no contexto pan-amazônico e a arte como ferramenta de transformação social. A contingência é uma espécie de hipótese, de pergunta que temos trabalhado muito com a equipe do programa educativo. Pensamos na Amazônia como um espaço de aprendizagem, uma escola, uma pedagogia, um 'nós', uma coletividade". 


A identidade visual

A identidade visual da 2ª Edição da Bienal das Amazônias foi criada pela designer Priscila Clementti e pelo artista Bonikta, que traduziram em imagem a multiplicidade de tons de verde – do verde-barro ao verde-vazio – evocando distâncias e afetos, geografias e sonhos.

A expografia

A expografia assinada pela arquiteta Isabel Xavier recria o universo amazônico no CCBA com acessibilidade e experiências sensoriais. Após seis meses de pesquisas e imersões em diferentes territórios amazônicos, ela desenvolveu uma proposta marcada por memória, sensorialidade e inclusão.
Mestra em Artes Visuais, doutoranda pela USP, cineasta e diretora de arte, Isabel mergulhou seis meses no universo pan-amazônico para conceber os ambientes do Centro Cultural Bienal das Amazônias (CCBA) que receberiam esta segunda edição. Sua proposta amplia a experiência para além da visão. “Trouxemos materiais com cheiro, como a palha. Na sala de vídeo, por exemplo, esse aroma desperta imediatamente a lembrança da floresta”, explica. Como professora, ela esclarece que uma expografia é, sempre, um conjunto de técnicas que transformam espaços físicos e simbólicos em experiências de arte, comunicação e vivência estética.

As cores que marcam o espaço foram inspiradas nas casas ribeirinhas de comunidades localizadas em Colares, Abaetetuba, Combu, Cotijuba e Marajó. “Encontramos muito rosa, uma pigmentação intensa que ressoa com as obras da Pan-Amazônia”, comenta Isabel.

Os patrocinadores

O Nu

O Nu é a maior plataforma de banco digital do mundo fora da Ásia, atendendo a mais de 100 milhões de clientes no Brasil, México e Colômbia. A empresa tem liderado uma transformação na indústria, usando dados e tecnologia proprietária para desenvolver produtos e serviços inovadores.

Guiado por sua missão de combater a complexidade e empoderar as pessoas, o Nu atende à jornada financeira completa dos clientes, promovendo acesso e avanço financeiro com crédito responsável e transparência.

A empresa se apoia em um modelo de negócios eficiente e escalável que combina baixo custo de atendimento com retornos crescentes. O impacto do Nu tem sido reconhecido em diversos prêmios, incluindo as 100 Empresas mais Influentes da Time, as Empresas Mais Inovadoras da Fast Company e os Melhores Bancos do Mundo da Forbes.

A Vale

A Vale acredita que a cultura transforma vidas. Pelo quarto ano consecutivo é a maior apoiadora privada da Cultura no Brasil, patrocinando e fomentando projetos em parcerias que promovem conexões entre pessoas, iniciativas e territórios. Seu compromisso é contribuir com uma cultura cada vez mais acessível e plural, ao mesmo tempo em que atua para o fortalecimento da economia criativa.

Para fortalecer sua atuação na Cultura, em 2020 foi criado o Instituto Cultural Vale, que já esteve ao lado de mais de mil projetos em todo o país, com investimento de mais de R$ 1 bilhão em recursos próprios da Vale e via Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Conheça mais sobre a Vale em vale.com.

Shell

Há 112 anos no país, a Shell Brasil é uma companhia de energia integrada, com participação nos setores de Petróleo e Gás, Soluções Baseadas na Natureza, Pesquisa & Desenvolvimento e Trading, por meio da comercializadora Shell Energy Brasil. A companhia está presente ainda no segmento de Biocombustíveis por meio da joint-venture Raízen, que no Brasil também gerencia a distribuição de combustíveis da marca Shell.

A Shell Brasil trabalha para atender à crescente demanda por energia de forma econômica, ambiental e socialmente responsável, avaliando tendências e cenários para responder ao desafio do futuro da energia.


Centro Cultural Bienal das Amzônias (CCBA)

O Centro Cultural Bienal das Amazônias (CCBA) é um importante espaço localizado no centro histórico de Belém, capital do Pará, estado brasileiro.
O prédio, que pertencia a uma antiga loja de departamentos da cidade, fica na esquina das ruas Manoel Barata e Campos Sales, e está de portas abertas para a comunidade com diversas programações artísticas, culturais e educacionais gratuitas. São exposições de arte, oficinas, wokshops, palestras, imersões, shows, espetáculos teatrais, entre outras programações que expressam a diversidade e o simbolismo da Amazônia nacional e da Amazônia internacional.

Com mais de oito mil metros quadrados, o CCBA abriga um café, uma loja, salas multiuso e uma biblioteca para consulta pública. O espaço é todo adaptado para garantir a acessibilidade, com elevadores, rampas, escadas rolantes, sinalizações, banheiros adaptados e um sistema de sonorização de emergência.

O prédio abrigou a primeira edição da Bienal das Amazônias, de agosto a novembro de 2023, com trabalhos de 123 artistas de todos os Estados amazônicos. Foram artistas e coletivos de oito países da Pan-Amazônia, além da Guiana Francesa. Agora, o espaço abriga a segunda edição da Bienal das Amazônias, até 30 de novembro de 2025, com trabalhos de 74 artistas e coletivos de oito países Pan-Amazônicos. 

O CCBA tem ainda um programa de residência artística, cujo objetivo é fomentar a criação cultural, pedagógica, artística e curatorial, promovendo troca de experiências e o desenvolvimento de projetos inovadores na Amazônia.

Horário de funcionamento

Segunda-feira e terça-feira fechado; quarta e quinta-feira das 9h às 17h; sexta e sábado das 10h às 20h; e domingos e feriados das 10h às 15h. A última entrada é sempre uma hora antes do fechamento.

A Itinerancia

Assim como na primeira edição, a itinerância da 2ª Bienal das Amazônias irá percorrer várias cidades logo após o encerramento da mostra em Belém. Durante as itinerâncias, a Bienal das Amazônias oferece um programa educativo formativo para mediação dos espaços expositivos em todas as cidades que compõem a rota. O programa envolve oficinas, worshops e mesas-redondas.
A Bienal das Amazônias é uma instituição de arte, nascida no Sul Global, que tem como premissa o deslocamento do debate sobre as artes e seus potenciais enquanto ferramenta geradora de transformação econômica e social, dos eixos dominantes do mercado das artes, devolvendo o protagonismo à Amazônia desde as Amazônias.

Para tanto, desenvolve programas que possibilitem a amplificação dos temas relevantes para as comunidades que constituem este amplo território, sempre norteados pela equidade de gênero, justiça social, democratização de acesso aos bens culturais, comprometidos com o desenvolvimento economicamente sustentável da região.

 

O que nos move...

A Bienal das Amazônias é movida pelo desejo de ver o próprio território amazônico retomar o controle sobre sua narrativa e seu futuro, refletindo e amplificando as vozes de instituições, organizações, grupos e indivíduos da região. Além de seus eventos bienais, a Bienal realiza ações socioculturais por meio das atividades desenvolvidas em seu Centro Cultural e do apoio a outros projetos e artistas. Essas iniciativas visam fortalecer a identidade plural da Amazônia e incentivar seus habitantes a se expressarem de forma autêntica, promovendo um diálogo contínuo entre diversos atores sociais e artísticos. Quanto mais fortalecidos estivermos localmente, mais seremos ouvidos e respeitados globalmente.

Instagram da Bienal das Amazônias

Instagram do Centro Cultural Bienal das Amazônias

Instagram do projeto Bienal Sobre as Águas

Itinerância

Ficha técnica

Ficha técnica

Equipe curatorial da 2ª Bienal das Amazônias reunida em uma escada, composta por cinco integrantes.

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