O Centro Cultural Bienal das Amazônias (CCBA) abre espaço para o projeto “Uma Noite no Museu” nesta sexta-feira (14), às 19h. Inspirando-se nas rodas de contação de histórias, especialmente neste dia o espaço ficará aberto à população até as 22h com uma programação especial que celebra o resgate das memórias e fortalece a tradição do imaginário visagento amazônida.
A roda de histórias permite que cada participante possa contar e recontar relatos de visagens e assombrações que marcaram ou ainda marcam o seu imaginário. A programação gratuita será realizada às 19h, com o suporte do teatro de sombras, onde as visagens amazônidas ganharão forma para além da imaginação.
Entre visagens e assombrações, a contação de histórias será no térreo, onde ocorreu a performance de Mapa Teatro+Nukak, espaço cênico que faz parte da 2ª Bienal das Amazônias.
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Essa é a primeira vez que o CCBA recebe o projeto “Uma Noite no Museu”. A iniciativa viabiliza a visitação noturna gratuita e facilita o acesso a museus para quem não pode visitar durante o dia, oferecendo experiências únicas. Para a diretora de projetos especiais do CCBA, Vânia Leal, a iniciativa incentiva a percepção e imaginação do público em relação ao espaço e todos os seus elementos. “É tão importante usar essa percepção imaginativa e provocar as pessoas para que venham à noite. Eu tenho certeza que muitos não vêm durante o dia devido à correria de trabalho, mas, no decorrer da noite, o tempo é compassado. Eu acho extremamente importante esse tipo de atividade para trazer outros públicos”, afirma a diretora.
A noite será marcada pela tradição da história oral, onde o público será convidado a compartilhar suas experiências com os fenômenos sobrenaturais que permeiam o imaginário amazônida. “A cultura de formar roda para contar as versões da Matinta Perera e Curupira será resgatada, igual como formamos quando falta energia, todo mundo tem uma história pra contar. Os participantes podem chegar, entrar na roda e buscar na sua caixinha de histórias aquela visagem, uma assombração que já viu ou que alguém contou que viu”, ressalta a coordenadora pedagógica do Centro Cultural Bienal das Amazônias, Raquel Freitas.
Traga a sua visagem
Segundo Raquel, o público também pode vir caracterizado para essa noite arrepiante, dando, assim, mais emoção a essa noite especial. “As pessoas podem vir com suas fantasias e impressionar. As caracterizações de visagem são bem vindas, pois, além do imaginário, as visagens também se encontram em nossas visualidades. Dar corpo e rosto às histórias vai deixar essa noite visagenta mais assombrosa”, avalia.
Sua foto com a Matinta
Segundo Raquel, será uma noite cheia de interatividade. Quem desejar, também poderá fazer sua foto com a Matinta Perera e, na mesma noite, baixar a sua foto no link da Bio do Instagram da Bienal. Quem postar a foto no stories e marcar a Bienal usando a hashtag #UmaNoiteNaBienal terá a sua foto repostada no perfil da Bienal. “Nossa programação começará cedo, então a dica é começar o circuito pela Bienal e depois seguir para os diversos outros espaços participantes da edição de Uma Noite no Museu”, finaliza.
Quem postar a sua foto com a matinta Perera no stories e marcar a Bienal usando a hashtag #UmaNoiteNaBienal terá a sua foto repostada no perfil da Bienal (Foto: Ana Dias).
Corpo como mapa e memória
No domingo (16), às 10h, o CCBA propõe aos visitantes outra experiência artística que une o desenho feito com carvão ao papel kraft, com referência visual à obra do artista Mali Salazar. A arte-educadora Andreza Machado define a forma de expressão do artista como singular e desafiadora, pois convida o público a refletir sobre as relações entre corpo, identidade e ambiente.
“A intenção é criar um ambiente acolhedor, em que o público se sinta à vontade para compartilhar suas memórias e histórias com os demais participantes. A participação coletiva é um aspecto essencial, pois promove trocas significativas, algo que valorizo profundamente nas minhas ações educativas”, resume Andreza Machado.
A oficina vai estimular a expressão gráfica a partir de histórias contadas, memórias afetivas e percepções do corpo como suporte de vivências, convidando os participantes a mergulharem em suas próprias lembranças, transformando-as em imagens poéticas.
A 2° Bienal das Amazônias tem patrocínio master do Nubank, Shell e Vale, e patrocínio do Mercado Livre, todos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A 2° edição conta também com o apoio institucional do Instituto Cultural Amazônia do Amanhã (ICAA) e da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa na Amazônia (FADESP).
Serviço:
Uma Noite no Museu "Entre visagens e assombrações"
Entrada gratuita
Data: 14 de novembro de 2025
Horário: 19h
Oficina “Desenho com carvão sobre Papel Kraft: o corpo como mapa e memória”
Faixa etária: LIVRE (menores de idade acompanhados pelos responsáveis)
Inscrições gratuitas
Data: 16 de novembro de 2025
Horário: 10h às 12h
Local: Centro Cultural Bienal das Amazônias (CCBA) - Rua Senador Manoel Barata, n° 400
Mais informações:
Site: www.2.bienalamazonias.com.br.
Instagram: @bienalamazonias / @ccba.belem.