Programa Público Germinantes e Casa Cura promovem debate de racialidade, gênero e cultura

Toda a programação acontece na Casa Cura, uma organização localizada no bairro do Atalaia, em Ananindeua, que funciona como casa de acolhimento para a população LGBTQIA+ e promove ações culturais e ecológicas, como mutirões de limpeza de rios e lagos

outubro 24, 2025
Marta Brasil

Uma oficina de graffiti com o coletivo XXT Crew, composto por 26 artistas do movimento Hip Hop e o cinedebate com o filme Deusa da Aberrassaum abrem, nesta sexta-feira, 24, a agenda do final de semana do Programa Público Germinantes da 2ª Bienal das Amazônias. A programação acontece na Casa Cura, uma organização localizada no bairro do Atalaia, em Ananindeua, que funciona como casa de acolhimento para a população LGBTQIA+ e promove ações culturais e ecológicas, como mutirões de limpeza de rios e lagos.

No sábado (25), a programação inclui oficina de modas, um ateliê de modas com três estilistas; e à noite, a partir das 18h, haverá o sarau Saracura, com oito atrações, apresentações teatrais e musicais, com convidados para debater sobre gênero e racialidade.

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Parceria com o Programa Público 

A parceria com o Programa Público da Bienal das Amazônias foi saudada pela fundadora da Casa Cura, HhaDhiRua, como uma forma de dar visibilidade às ações da organização, que se iniciaram em 2019, voltadas à população LGBTQIA+, sobretudo negra, indígena e também mães solo. “Nunca tivemos uma oportunidade como esta, que a Bienal das Amazônias nos proporcionou, de nos apresentar para a sociedade como um programa social”, explica HhaDhiRua. “Porque somos uma articulação liderada por pessoas transgênero, uma comunidade que é invisibilizada. Não é à toa que há 16 anos nosso País aparece no topo dos países que mais assassinam pessoas trans”, afirma a fundadora da Casa Cura.

Bienal das Amazônias e Casa Cura realizam parceria com programação especial do Programa Público
Bienal das Amazônias e Casa Cura realizam parceria com programação especial do Programa Público

Ela será a mediadora do cinedebate e dirige o filme Deusa da Aberrassaum, um projeto selecionado pela Lei Aldir Blanc Pará, no edital de Dança-2021. Um longa metragem que discute transições de gênero e racialidades de pessoas não binárias na Amazônia e conta com um elenco protagonizado por pessoas trans, pretas e indígenas.

Grafitti

A oficina de Graffiti será ministrada pelo grupo XXT CREW (Xoxoters Crew), um coletivo criado na Amazônia Paraense, no Norte do Brasil, composto por 26 artistas do movimento HIP-Hop. O grupo funciona também como uma rede de acolhimento que promove a cultura urbana amazônica, abraçando a diversidade e a inclusão e se descreve como uma entidade que tem como missão “fortalecer a cultura hip hop e a arte urbana amazônida, promovendo a visibilidade e o reconhecimento de artistas e comunidades marginalizadas”.

Reinauguração 

A direção da Casa Cura vai aproveitar a programação para promover a reinauguração da Casa. “Apesar de que nunca tivemos uma inauguração, vamos aproveitar esse momento para fazer a reinauguração, com dona Rosinha Malandra”, explica HhaDhiRua. Quem recebe a entidade é a mãe de santo Rosa Luyara, uma mãe de santo travesti e liderança espiritual do Templo de Rainha Barba e Toy Azakar. Para arrecadar fundos para o terreiro de Mãe Rosa Luyara - que foi alvo de um atentado em agosto deste ano - o grupo vai realizar o ato político Rosas do Amanhã, no domingo, encerrando uma programação da Casa batizada como Ciclo de Cura.

Parceria

O cocurador do Programa Público Germinantes da 2ª Bienal das Amazônias, Jean da Silva, ressalta a importância da parceria entre a Bienal das Amazônias e a Casa Cura e faz um convite à participação do público. “É uma excelente oportunidade das pessoas conhecerem a rede Casa Cura e conhecerem também o Programa Público da segunda Bienal das Amazônias Verde-distância”, diz.

O Programa Público Germinantes é inspirado na obra "Sementes Germinadas", de Roberto Evangelista, que conflui com os eixos da Bienal: Sonho, Memória e Sotaque, presentes na curadoria Verde-Distância, da curadora Manuela Moscoso.

Em outubro, o eixo Memória baseia sua programação no ato Confluência dos Rios. “Um convite a escutar os fluxos subterrâneos da história, da luta e do cuidado com a vida”, como define Jean da Silva. A programação começou no último final de semana, 17 e 18, com debates, oficinas e performances realizadas no Centro Cultural Bienal das Amazônias (CCBA).

Neste final de semana toda a programação será na Casa Cura:

Reinauguração da Casa Cura
Quinta (23) – 20h
Na sexta-feira (24), e sábado (25) - (programação Programa Público)

Oficina de Graffiti - público adulto
24 de outubro - 14h às 18h - Coletivo XXT Crew

Cine CasaCura
24 de outubro - 18h as 20h - Xan Marçall, Paprep Mywayj, Lino Calixto e HtaDhiRua (Mediação)
Cinedebate. Filme: Deusa da Aberrassaum (2021)

Ser e vestir Natureza
25 de outubro - 14h às 18h - Laboyoung, Krishna Shakti, Mulambra
Ateliê de Moda

Saracura
25 de outubro - 18h às 20h - CasaCura
Desfile do Resultado Oficina Ser e Vestir Natureza
Sarau Coletivo Casa Cura

Ato político Rosas do Amanhã
26 de outubro - 9h às 20h

Serviço:
Quinta-feira (23) - 20h
Sexta-feira (24) – a partir das 14h
Sábado (25) - A partir das 9h
Domingo (26) - Das 9h às 20h
Local: Casa Cura - Alameda São João, 50 - Atalaia, Ananindeua.

Equipe curatorial da 2ª Bienal das Amazônias reunida em uma escada, composta por cinco integrantes.

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