Escritoras participam de oficina de escrita literária na Bienal das Amazônias


setembro 10, 2025

Para que serve a literatura? Para as escritoras Monique Malcher e Jeniffer Yara, a literatura é a própria vida – “pulsa, é inerente ao ser humano”, afirma Jeniffer; é “o gesto libertador de traduzir o absurdo e a beleza do mundo”, diz Monique. Com o texto à flor da pele, as duas autoras participam nesta sexta-feira, 12 de setembro, em Belém, da Oficina Terra Amazon-is, no Ateliê da Escrita da 2ª Bienal das Amazônias. O encontro de prática de escrita literária a partir de temas descritos será no Centro Cultural Bienal das Amazônias (CCBA), às 14 horas. Durante a programação, Jeniffer Yara irá lançar o livro “Terra Amazon-is” e Monique Malcher lançará “Degola”, seu primeiro romance.

Antropóloga, doutora em Ciências Humanas na área de estudos de gênero e artista plástica nascida em Santarém, oeste do Pará, Monique Malcher hoje reside em São Paulo. Seu primeiro livro, “Flor de gume” (editora Moinhos), ganhou o Prêmio Jabuti de Literatura em 2021, na categoria contos. O romance de estreia, “Degola” (2025), acaba de ser lançado pela Companhia das Letras.

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Monique trabalha exclusivamente com literatura. Sua obra atravessa as inquietações humanas. “Meu processo criativo começa sempre ouvindo meu incômodo. Em seguida, vou para a pesquisa, conversar com as pessoas, fotografar, desenhar. A observação e o silêncio são grandes ferramentas também. Gosto de produzir questões mais do que tentar dar respostas”, destaca.

Na ocasião, Jeniffer Yara irá lançar o livro “Terra Amazon-is” (Foto: Arquivo pessoal/divulgação)
Na ocasião, Jeniffer Yara irá lançar o livro “Terra Amazon-is” (Foto: Arquivo pessoal/divulgação)

O convite para o Ateliê da Escrita, um Programa Público da Bienal das Amazônias, foi um presente, diz a escritora. “Creio na escrita como uma prática alimentada pela ação, pela pesquisa e também em algum nível pela magia. Mas é preciso treinar o olhar para o encontro com o outro. E diante desse encontro surge uma primeira ideia”, diz. “O mistério e a força dessa arte nos conectam, porque são tão indomáveis quanto os dias”, acrescenta.

Jeniffer Yara, 31 anos, natural de Belém, mora e trabalha em Macapá. Doutora em Estudos Literários e professora de Literatura da Universidade do Estado do Amapá (UEAP), coordena o projeto de extensão “Palavras ao Norte: literatura de mulheres na Amazônia brasileira”, e é uma das mediadoras do Clube Leia Mulheres Ananindeua.

Monique Malcher lançará “Degola”, seu primeiro romance (Foto: Arquivo pessoal/divulgação)
Monique Malcher lançará “Degola”, seu primeiro romance (Foto: Arquivo pessoal/divulgação)

Na escrita, Jeniffer trilha os caminhos que levam a reflexões sobre pertencimento e memórias afetivas. “Meu processo criativo se inicia com a leitura – de mundo, de livros, de outras literaturas – e com percepções sobre memória e identidade relacionadas à minha vida, sobre o que gostaria de emitir enquanto discurso poético”, disse.

Jeniffer organizou os livros “Crônicas paraenses: Novos olhares sobre cenas locais” (2021); “Um clássico para si: Livro de recomendações” (2022); “Letras em narrativas” (2022); e “Autoras de si: Narrativas de resistência e potência” (2024). Como autora, publicou “Sintomática” (2022), publicação independente; “Terra Amazon-is” (2025), pela Editora Minimalismos; e “Anticanônico” (2025), pela editora Folheando.

A participação no Ateliê da Escrita da Bienal das Amazônias amplia os horizontes da escritora. “A expectativa é muito boa para ministrar a oficina junto a uma escritora e amiga que admiro tanto, Monique Malcher. Sou professora, e, lidar com o público, trabalhando com o que eu amo, literatura, é fascinante, prazeroso e sempre único”, afirmou.

Serviço

Ateliê da Escrita da Bienal das Amazônias. Oficina Terra Amazon-is, com as escritoras Jeniffer Yara e Monique Malcher.

Local: Centro Cultural Bienal das Amazônias (CCBA), rua Manoel Barata, 400, Centro, Belém.

Data: 12 de setembro.

Horário: 14 às 16 horas.

Entrada gratuita.

Horários de funcionamento do CCBA: segunda e terça: fechado; quarta e quinta: 9h às 17h; sexta e sábado: 10h às 20h; domingos e feriados: 10h às 15h. A última entrada é sempre uma hora antes do fechamento.

Instagram: @bienalamazonias.

Equipe curatorial da 2ª Bienal das Amazônias reunida em uma escada, composta por cinco integrantes.

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